Leão Serva - Folha de SP: Morte sistemática de Ianomâmis é um tabu

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23/02/2015 02h00 A Folha publicou com grande destaque na edição de domingo (22) a notícia do lançamento do livro "Nobres Selvagens" (pela Três Estrelas, selo do Grupo Folha), de autoria do antropólogo norte-americano Napoleon Chagnon. Títulos na capa e no caderno da Ilustríssima chamaram a obra de "livro tabu". Trata-se de um exagero baseado no discurso persecutório do autor, que sempre responde às críticas a seu trabalho com alegações de perseguição pessoal ou boicote.

Uma pesquisa no Google News apresenta 872 respostas com notícias sobre o antropólogo e 64 referências ao livro, incluindo veículos de grande prestígio internacional como "The New York Times" e "Washington Post". No Brasil, certamente a obra não foi tema de reportagens simplesmente porque não havia sido lançada. Na edição, textos de Marcelo Leite e André Strauss compilam as principais fragilidades apontadas pelos críticos da obra de Chagnon.

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Polícia de RR prende 260 pessoas em garimpo ilegal em reserva Yanomami

FBV: Garimpeiros são levados à Federal

Dos 220 detidos na terra Yanomami, 80 chegaram à Capital na madrugada desta sexta-feira e, após depoimentos, foram liberados


De acordo com a Funai, na região, que deveria ser protegida, estão cerca de 800 garimpeiros trabalhando de forma ilegal.


jn
Assista no site do Jornal Nacional

A polícia de Roraima prendeu 260 pessoas que trabalhavam em um garimpo ilegal na reserva indígena Yanomami.


Do alto se vê a imensidão da floresta. E também uma ameaça à reserva com maior extensão de terra do país, onde vivem 25 mil índios. É o garimpo ilegal, que invadiu a cabeceira do Rio Uraricoera, um dos principais de Roraima.

Há cinco dias uma operação foi iniciada na área. Até agora 260 garimpeiros foram presos e vão responder pelos danos à natureza. As balsas retiravam ouro e deixavam na água uma mancha escura.

"Destruição. É derramamento de monte de gasolina, diesel, mercúrio. Principalmente no rio principal, onde a gente consome, onde a gente pratica os banhos", afirma Maurício Yekuana, vice-presidente Hutukara Associação Yanomami.

“A contaminação por metais pesados, principalmente o mercúrio que é muito utilizado no garimpo. Ele quando entra no nosso tecido adiposo, você tem várias doenças associadas a este tipo de elementos, que pode levar às vezes 10 ou 15 anos para se manifestar”, explica Vladimir Souza, geólogo.

Desde junho, as duas bases da Funai na área foram desativadas por falta de recursos, o que facilitou a extração ilegal. De acordo com a Funai, na região, que deveria ser protegida, estão cerca de 800 garimpeiros trabalhando de forma ilegal. Eles passam meses e até anos sem ser incomodados e retiram de lá mensalmente 80 quilos de ouro.

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