G1: Operação em área Yanomami prende 80 pessoas por garimpo, em Roraima

Atualização G1: Número de garimpeiros presos em área indígena de Roraima chega a 120

Pessoas presas são suspeitas de praticar garimpo na área indígena.
Operação ocorre na região de Waicais, a 300 quilômetros de Boa Vista.

Assista no site do G1

Mais de 80 pessoas foram presas nesta segunda-feira (1º) por prática de garimpo e prostituição na Terra Indígena Yanomami, no nordeste de Roraima. As detenções foram feitas na região de Waicais, a 300 quilômetros de Boa Vista, durante atividades da 'Korekorema II', operação de combate à permanência ilegal em área de reserva indígena iniciada na quinta-feira (27), após uma equipe da Fundação Nacional do Índio (Funai) constatar, durante sobrevoo, a prática de garimpo na localidade. Doze policiais militares atuam na operação apoiando a Funai (Veja vídeo acima)

Ao G1, o coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye'kuana (FPEYY), João Catalano, disse que com as pessoas detidas foram encontradas armas, drogas, canoas e motores. Na região de Wuaicais vivem cerca de 80 índios da etnia Yanomami.

"Os garimpeiros e as pessoas que estão com eles estavam vivendo ilegalmente na cabeceira do rio Uraricoera e cometendo vários crimes juntamente com a prática do garimpo. Além disso, os índios nativos da região estavam sendo feitos reféns por eles", alegou Catalano.


img_3162Cerca de 80 índios vivem na Comunidade de Waicas, a mais de 300 quilômetros de Boa Vista (Foto: Divulgação/ Funai)

Além das prisões, dez das 38 balsas usadas pelas aproximadamente 500 pessoas que vivem de forma ilegal na região já foram destruídas. Desta forma, segundo Catalano, a operação deve causar 'pelo menos R$ 4 milhões em prejuízo' aos financiadores do garimpo.

"Essas operações têm o objetivo de causar prejuízo, porque quando você 'mexe no bolso' do cidadão que investe no garimpo, ele tende a deixar a atividade econômica, que passa a ser inviável", pontuou.

Membros da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye'kuana, da Funai, Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e 12 homens da Polícia Militar participam da 'Korekorema II', que significia 'panela velha' na língua Yanomami.

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Operação Krokorema II : Número de garimpeiros detidos chega a 80

No final de semana houve uma emboscada na região do Auaris, Terra Indígena Yanomami, quando um sargento PM foi baleado

FBV Amilcar junior
12/02/2014 12:10

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Inúmeras balsas já foram destruídas em garimpos clandestinos na Terra Indígena Yanomami, no Amajari (Foto: Divulgação/Funai)

O comandante da Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa) da Polícia Militar, major Miguel Arcanjo, disse ontem que 80 garimpeiros já haviam sido detidos na região do Auaris, na Terra Indígena Yanomami, Município do Amajari, a 150 quilômetros da Capital pela BR-174, Noroeste de Roraima. A previsão é que os detidos cheguem a Boa Vista no final da tarde de hoje.

Na manhã de sábado, 29, os garimpeiros armaram uma emboscada e atiraram nos policiais. O sargento Ranildo Brandão, de 46 anos, foi alvejado nas costas no momento em que tentava tirar um tronco que obstruía a passagem na parte mais estreita do rio Uraricuera. A guarnição era formada por seis policiais, que acompanhavam três servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) na operação Krokorema II, desencadeada na quinta-feira passada, 27, pela Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Yokuama.

O comandante afirmou que a maioria dos garimpeiros começou a sair de dentro da mata e a se entregar, mas outros estão fugindo de quadriciclo para a Venezuela. "Os policiais não estão perseguindo os garimpeiros, mas dando suporte aos servidores da Funai. Os garimpeiros estão se entregando porque não querem ficar lá, sozinhos, isolados no meio da mata", frisou.

Segundo o comandante, os garimpeiros estão sendo bem tratados e se alimentam com seus próprios mantimentos. Eles estão no acampamento e não há conflito algum com os policiais. Eles chegarão amanhã [hoje] à tarde e serão levados à Superintendência da Polícia Federal, onde responderão por seus crimes.

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II Encontro Binacional Yanomami e Ye´kuana do Brasil e da Venezuela

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Programação II Encontro Binacional Yanomami e Ye´kuana - Brasil e Venezuela‏ (PDF)

Data: 28/10 a 02/11/2014
Local: Lago Caracaranã, Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
Realização: Hutukara, ISA, Wataniba e Horonami
Apoio: Fundação Rainforest Noruega (RFN), CAFOD, Embaixada Real da Noruega em Brasília.

Na próxima semana estaremos recebendo os parentes da Venezuela. Mais de 80 lideranças discutindo sobre os desafios dos povos da floresta. Komi yamakini urihi yama a noamai!!!

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Survival condena el retrato que el fotógrafo Jimmy Nelson ofrece de los pueblos indígenas

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El director de Survival International critica el último trabajo del famoso fotógrafo Jimmy Nelson.
© Jimmy Nelson/teNeues

El trabajo del famoso fotógrafo Jimmy Nelson, creador del libro de gran formato Before they pass away (Antes de que desaparezcan), ha recibido las críticas del director de Survival International, Stephen Corry, por medio de un artículo publicado hoy en El Huffington Post donde condena la imagen falsa y perjudicial que presenta de los pueblos indígenas.

Nelson explica que su reciente libro de “retratos” de personas indígenas, a la venta por 128 €, surgió motivado por el deseo de “buscar las antiguas civilizaciones (…) y documentar su pureza en lugares donde todavía existen culturas inalteradas”. Las “culturas” que encuentra supuestamente han permanecido “sin cambios durante miles de años”.

Pero Corry califica este trabajo como una fantasía del fotógrafo que guarda muy poco parecido, tanto con la apariencia que estos pueblos presentan en la actualidad, como con la que alguna vez han tenido.

En las fotografías de niñas huaroanis de Ecuador, por ejemplo, a estas se las retrata desprovistas de la ropa con la que habitualmente viste esta tribu y llevando en su lugar hojas de higuera bajo las que ocultan sus partes íntimas, algo que nunca han hecho (generaciones previas de mujeres huaoranis únicamente llevaban una cuerda alrededor de su cintura). Corry expone que Nelson no solo presenta un retrato ficticio de los pueblos indígenas, sino que además pasa por alto la violencia genocida a la que están sometidas muchas de las tribus fotografiadas; e incluso va más allá y pretende que, por el mero hecho de retratarlos, estos pueblos indígenas pueden ser “salvados” de la “inevitabilidad” de la “desaparición”.

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TheNewYork: The Voice of the Shaman

Glenn Shepard Jr. NOVEMBER 6, 2014 ISSUE
Amazonas/Contact Press Images

Leia o artigo completo em pdf (english)



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The Falling Sky, by the Yanomami shaman Davi Kopenawa and the French anthropologist Bruce Albert, takes its title from a creation myth of the Yanomami people, who live in the border region between Brazil and Venezuela. The primordial world was crushed by the collapse of the sky, hurling its inhabitants into the underworld. The exposed “back” of the previous sky became the forest where the Yanomami emerged, and where they remain to this day; they still call the forest “the old sky.” A new sky was erected, held in place by metal foundations set deep in the ground by the demiurge Omama. Yet the new sky is under constant assault by the forces of chaos, and Yanomami shamans work tirelessly with their spirit allies, the xapiri, to avert a new apocalypse. A diaphanous third sky already lies waiting, high above, in case the current one collapses and the world once again comes to an end.

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