Lideranças indígenas participam de audiência com a Presidenta Dilma Rousseff e três representam Roraima

Fonte CIR: http://www.cir.org.br/index.php/component/k2/item/255-lideran%C3%A7as-ind%C3%ADgenas-participam-de-audi%C3%AAncia-com-a-presidenta-dilma-rousseff-e-tr%C3%AAs-representam-roraima

Após três anos de mandato, a Presidenta da República Dilma Rousseff finalmente vai receber amanhã, 10 de julho, no salão presidencial uma Comissão de vinte lideranças indígenas de todas as regiões do Brasil. Os representantes de Roraima são as lideranças indígenas Jacir José de Sousa, líder Macuxi da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, o presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY) Davi Kopenawa, da Terra Indígena Yanomami, e o coordenador geral do Conselho Indígena de Roraima (CIR) Mário Nicácio Wapichana, da Terra Indígena Manoá-Pium.

Ao contrário do que os povos indígenas esperavam do governo brasileiro no início do mandato, uma postura digna, de respeito e diálogo justo, esse primeiro encontro não é aguardado com muitas expectativas, pois mais uma vez o governo mostra a sua verdadeira postura de imposição e autoritarismo junto às causas sociais, políticas, culturais e econômicas, não só dos povos indígenas, mas de toda população brasileira. De acordo com informações das organizações indígenas que acompanham de perto a articulação, a audiência já tem uma agenda definida pelo governo e não a agenda proposta pelo movimento indígena, o que confirma a falta de interesse em querer ouvir e atender as reivindicações dos povos indígenas. Porém, os povos indígenas mantêm as perspectivas de mudança.

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Carta dos Povos Indígenas do Vale do Javari

Ao Ministério Público Federal sobre Audiência Pública


Nos povos indígenas: Marúbo, Mayuruna, Matis e Kanamary do Vale do Javari, reunidos na sede da Associação Marúbo de São Sebastião – AMAS, preocupado com a nossa ausência na Audiência Público sobre Atenção de Saúde em Média e Alta Complexidade que acontecerá no plenário do Encontro das Águas (no prédio da Justiça Federal em Manaus) no dia 09/07/2013, estamos surpresos por não sermos convidado, e a SESAI não providenciou passagem para nossa comitiva, se essa audiência é do nosso interesse em participar e apresentar os problemas de saúde dos indígenas do Vale do Javari.


Estamos insatisfeitos, porque a SESAI e SUS apresentarão a saúde dos povos indígenas como se tivesse maravilhosa, enquanto estamos morrendo e pedindo socorro pela vida dos nossos povos, queremos dar um basta, como é caso ocorrido com as crianças indígenas Marúbo Natalino Dorlis Marubo de 10 anos, e Clebson Dionísio Marúbo de 12 anos que amputaram as pernas por acidente ofídico, pela falta da qualidade de atenção a saúde nas nossas aldeias, que pela falta de soro antiofídico nos Pólos Bases, pela burocracia imposta pela SESAI/DSEI, em quanto que tal medicamento nunca faltou mesmo nos períodos da responsabilidade da saúde indígena pela FUNAI.


Sendo esta é segunda vez na historia que acontece na vida dos povos indígenas do Vale do Javari, bem como já aconteceu em 1995, dessa vez temos um caso de óbito de uma indígena Mayuruna Branca Unan Mayuruna de 50 anos da aldeia Fruta-Pão do povo Mayuruna por acidente ofídico, isso, como não bastasse outras mortes na atenção de média e alta complexidade nos últimos 14 (quatorze) anos da existência do DSEI, perdemos mais de trezentas vidas no Vale do Javari.

 

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Código da Mineração, urgência não!

Leia o artigo completo no site do ISA

Mais de oitenta organizações da sociedade civil, movimentos sociais, partidos e parlamentares, entre eles o ISA, assinaram uma nota pública contra a apresentação em regime de urgência, por parte do governo, do Projeto de Lei 5.807/2013, que pretende modificar o Código de Mineração

O texto denuncia a ausência de transparência e debate com a sociedade sobre o tema.

Demarcar terras é fundamental para diminuir a violência contra os povos indígenas

Fonte CIMI: http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6999&action=read

Patrícia Bonilha,
de Brasília

A omissão em relação às demarcações das terras indígenas pelo atual governo federal foi apontada como uma das principais causas do aumento de diferentes formas de violências contra os povos indígenas em 2012, em relação ao ano anterior. Lançado hoje, pela manhã, o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, uma publicação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), aponta um crescimento de 237% na categoria "violência contra a pessoa" - que engloba ameaças de morte, homicídios, tentativas de assassinato, racismo, lesões corporal e violência sexual. O número de assassinatos de indígenas aumentou para 60 vítimas, nove a mais que no ano anterior. Com 37 casos, o Mato Grosso do Sul continua sendo o estado com o maior número de ocorrências, seguido pelo Maranhão, com sete vítimas.

“Em vez de falarmos em diminuição, lamentamos dizer que as situações se repetem e houve um aumento de diversas formas de violência contra os povos indígenas no Brasil. O maior problema é a falta de demarcação de áreas indígenas. Não tomar providência em relação à delimitação das áreas indígenas significa escancarar as portas para qualquer tipo de invasão. Invasões que geram mortes”, enfatizou de modo veemente Dom Erwin Kräutler, bispo da Prelazia do Xingu e presidente do Cimi.

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