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PF combate extração ilegal de ouro e pedras preciosas em Roraima

Prejuízos estão estimados em R$ 17 milhões mensais, além da agressão ao meio ambiente nas regiões das terras da reserva Yanomami

Folhaweb
05/07/2015 08:39

A Polícia Federal, em ação conjunta com o IBAMA e com a Polícia Militar do estado de Roraima (PMRR), deflagrou, na madrugada desta quinta-feira (07), a Operação Warari Koxi.

O objetivo da ação é combater e desarticular uma organização criminosa que agia na extração ilegal de ouro e pedras preciosas nas terras da reserva Yanomami, provocando considerável degradação ambiental. Os prejuízos estão estimados em R$ 17 milhões mensais, além da agressão ao meio ambiente.

Cerca de 150 policiais federais, de várias regiões do país, deram cumprimento simultâneo a cerca de 313 medidas judiciais nos estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, Pará e São Paulo.

A organização criminosa é formada por empresários, funcionários públicos, donos de garimpos, joalheiros e até pilotos de avião, responsáveis pela implantação de garimpos de ouro, minerais de uso industrial e outras pedras preciosas em reserva Yanomami na região de Boqueirão e Uraricoera, extremo norte do estado de Roraima.

Chamou atenção dos investigadores o montante do prejuízo econômico para a União e a voracidade com que o ecossistema vinha sendo degradado pela atividade extrativista, que polui os rios com mercúrio e outros metais pesados, além da consequente destruição da fauna e da flora da reserva e da cultura yanomami.

Estima-se que são retirados de forma ilegal das áreas de garimpo em torno de 160 kg de ouro mensalmente, o que totaliza a sonegação de aproximadamente R$ 17 milhões mensais. Acredita-se que os financiadores do crime utilizam o ouro ilegal como ativo financeiro para lavagem do dinheiro proveniente de outras atividades ilícitas, cujas movimentações atípicas alcançam valor aproximado de R$ 1 bilhão.

Os crimes investigados são os de associação criminosa, extração de recursos naturais de forma ilegal, uso indiscriminado de mercúrio, usurpação de patrimônio da União, receptação de bens provenientes de crime, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, contrabando, lavagem de dinheiro, e operar instituição financeira sem a devida autorização do Banco Central.

RORAIMA


As três ruas próximas a Avenida Benjamin Constant, local conhecido como ponto de joalherias e de vendas de ouro está interditada. Segundo uma das funcionárias que trabalha próximo ao local, agentes da PF e da PMRR estão investigando os locais de venda do material.