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POUSO FORÇADO: Índio atira em avião com espingarda

Fonte: http://www.folhabv.com.br/Noticia_Impressa.php?id=146472

NONATO SOUSA

air

Um avião Cessna 206 de uma empresa que presta serviços para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), na terra indígena Yanomami, fez um pouso forçado no domingo à tarde depois de ser atingido por um tiro de espingarda efetuado por um índio do pólo Romoxi, na zona rural do Município de Mucajaí. O caso não teve proporção grave e ninguém saiu ferido.


Apenas o piloto estava na aeronave. Depois de conseguir pousar o avião, ele foi orientado a se esconder para não ser morto pelo índio. O caso foi comunicado à polícia pelo próprio piloto, P.R.N.,  depois de sair da terra indígena e chegar à Capital.

O piloto fazia uma viagem no trecho Boa Vista, Surucu e Homoxi. Nesse último destino, o trem de pouso se chocou com um cachorro da comunidade indígena que acabou morrendo. No momento da sua partida, depois de decolar da aldeia, quando a aeronave estava a uma altura de cerca de dez metros e passava por cima dos índios na beira da pista, um deles que estava armado com uma espingarda efetuou o disparo.

O piloto contou que ouviu o estampido do tiro atingindo o avião, que em pouco tempo começou a perder força. “O avião perdeu 60% da força e fui obrigado a retornar imediatamente para a pista e fazer um pouso forçado”, disse, ao acrescentar que foi orientado a se isolar para resguardar sua integridade física, para que os índios não o agredissem por conta da morte do cachorro.

O piloto não informou como saiu da aldeia depois, nem se a aeronave já foi retirada ou se foi possível fazer o voo mesmo estando avariada pelo tiro. Ontem à tarde a Folha chegou a falar com o piloto pelo celular, mas ele disse que tinha acabado de chegar à empresa e posteriormente entraria em contato, o que não fez.

Também não foi possível contato com o responsável pela empresa. Nem com algum integrante da Sesai em Roraima. Foi mantido contato com o Distrito Sanitário Especial Yanomami (Dsey), mas nenhum responsável falou do caso. A Folha  procurou a Polícia Federal para saber se o caso já era do conhecimento daquela instituição e o que estava sendo feito, mas o delegado de plantão não recebeu a equipe de reportagem. Informou através de um agente que precisaria de autorização do superintendente da PF, que está viajando, ou mesmo de seu sucessor imediato, para poder falar.